domingo, 5 de fevereiro de 2017

CARTA DE ARISTÓTELES AO SEU MAIS CÉLEBRE ALUNO: ALEXANDRE MAGNO.



“Bendito seja Deus, que abre os olhos, orienta pecadores em seus caminhos, glorificado seja com o devido louvor! Que me beneficiou piedosamente e com grande caridade, tirando-me da escuridão plena em que estive imerso todos os dias de minha vida. Ocupei-me com o conhecimento filosófico, examinando e investigando de acordo com o senso crítico, compilando uma série de livros, numerosos como os grãos de areia de uma praia. Até que, no fim de meus dias, confrontei-me com um Sábio, dos Sábios de Israel, e este me demonstrou o braço forte da Torá, dada a eles como legado no Sinai. Este sábio atraiu meu coração a ponto de ser possível demonstrá-los em construções lógicas. E eu fui estúpido e ignorante não percebendo que a maioria dos ensinamentos era superior à compreensão humana. Quando tomei conhecimento disto, empenhei-me com toda minha força em refletir sobre a religião judaica. E eis que ela está apoiada em bases sólidas e concretas, não como a sabedoria filosófica vã. Portanto, meu querido aluno, Imperador Alexandre Magno, não se engane com meus livros, tanto você como seus companheiros filósofos. Pois caso pudesse agora recolher todas minhas publicações, hoje espalhadas por todos os cantos do mundo, já as teria queimado com o propósito de não restar sequer um exemplar e, sendo assim, desejo que ninguém mais se engane com elas. Sei que serei castigado pelo Deus de Israel, pois pequei e fui a causa dos pecados de outros. Sendo assim, meu filho Alexandre, comunico a ti e a toda humanidade que grande parte dos Sábios, pensadores e filósofos, cujo conhecimento provém da dedução lógica, são charlatões e mentirosos. Uma vez que meu azar engrandeceu e meus livros se espalharam por todas as terras do Oriente, venho através desta expressar, em sano juízo, que estes são impróprios à leitura e ao estudo, pois a filosofia é enganadora e mentirosa. E estarei limpo perante Deus, porque pequei sem saber. Coitados são os instruídos em minhas publicações, percorrendo do caminho virtuoso ao calunioso. Saiba que, assim como este sábio demonstrou sua grande inteligência, o rei Salomão também, através de seus provérbios, conforme está escrito: ‘Guarda-te de uma mulher estranha’ e também: ‘Não desvie seu coração do caminho’ e ‘Todos que vêm, a ela não retornarão’. Pobre dos olhos que assim vêem, coitados dos ouvidos que assim prejudiciais e fúteis, destrutivas e não proveitosas. Quanto ao que me dissera sobre minha fama entre os povos devido às minhas publicações, saiba que preferiria ter uma parte nos livros de Torá a ter nos livros filosóficos e escolheria a morte a fim de que meus livros não fossem publicados. Pois os que se ocupam com Torá irão ao encontro da luz e os que se ocupam com a filosofia irão ao encontro do breu. E eu também serei castigado mais do que todos eles. Não lhe escrevi antes desta data, pois, caso fique nervoso comigo e deseje fazer-me algum mal, logo que esta carta chegar a ti, estarei morto, envolto num caixão de madeira. Para Alexandre Magno, saudações de seu mestre, que parte para o Mundo Vindouro, ‘Aristóteles’”.



Aristóteles, grande filósofo, conheceu um judeu chamado Shimon Hatsadik que o influenciou no pensamento judaico e, maravilhado, reconheceu Deus. Ao fim de sua vida, pressentindo sua morte, escreveu a Alexandre Magno, uma carta onde ele volta atrás com suas idéias e tenta alertar seu mais célebre aluno. A veracidade desta carta deve-se a um livro baseado nos ensinamentos da Torá encontrado no Cairo de sua autoria. Torá para quem não sabe trata-se dos cinco primeiros livros da Bíblia, de Gênesis até Deuteronômio, o Pentateuco (grego = cinco rolos).








Nenhum comentário:

Postar um comentário